terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rede de Educação Cidadã participa da 1ª Audiencia Pública sobre Transparência e Controle Social



No dia 22.11.2011, foi realizada no auditório Beth Azize - 4º andar da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam),  1ª Audiência Pública sobre Transparência e Controle Social, requerida pelo deputado José Ricardo Wendling (PT).
Objetivo desta foi debater sobre as forma de controle e transparência dos recursos públicos, para o estado do Amazonas.
No decorrer do debate alguns pontos bem relevantes foram destacados como: “Manaus e Parintins são os únicos dos Municípios amazonenses entre 50 e 100 mil habitantes que criaram portais da transparência para divulgar suas receitas e seus gastos”, conforme determina a Lei Federal da Transparência nº 131/2010 (Lei Capibaribe). Coari, Itacoatiara, Manacapuru, Tefé, Maués e Tabatinga correm risco de corte nas transferências dos recursos federais por não obedecerem à determinação, segundo o sub-controlador adjunto da Controladoria Geral do Estado (CGE), Rogério de Sá Siqueira.
 José Ricardo Wendling (PT) deixou claro que a lei é um instrumento contra a corrupção, que prejudica o desenvolvimento. O assunto será objeto de discussão durante a 1ª Conferência Estadual sobre Transparência e Controle Social, dias 6 e 7 de dezembro, em Manaus, que subsidiará a Conferência Nacional, de 18 a 20 de maio de 2012, em Brasília, onde estarão presentes 38 delegados amazonenses.
Para o promotor de Justiça João Gaspar Rodrigues, além da divulgação dos gastos públicos, os municípios devem transformar essa linguagem de forma que o cidadão possa entender e depois cobrar do poder público.
Ana Rita Paulino representante da Rede de Educação Cidadã do Amazonas que juntamente com uma equipe local desenvolvem um projeto também com recursos públicos, com o objetivo de formação em Educação Popular, Direitos Humanos e Políticas Públicas no Brasil, a Rede vem desenvolvendo ações através de oficinas e encontros Intermunicipais que acontecem no Amazonas, recentemente ocorreu no município de Parintins de 28 a 30 de outubro de 2011, o encontro intermunicipal com a presença de 4 participantes dos municípios do Baixo Amazonas, e uma das temáticas das oficinas desenvolvida  neste encontro, foi Transparência e Controle Social, metodologia Roda de conversa.
 Rogério de Sá Siqueira “A realização das conferências municipais de Transparência e Controle Social, realizadas em seis municípios amazonenses, foi muita proveitosa. Vimos cidadãos simples falando da educação como instrumentos de cidadania e sobre exemplos de transformação da cidade com o exercício do controle social”. Rogério  de Sá Siqueira,  também comentou a lei mais atual, sancionada pela presidente Dilma Rousseff (nº 12,527), que regulamenta o controle social.
José Ricardo “O Amazonas entrou no ranking nacional como o campeão em casos de corrupção, de acordo com a Advocacia Geral da União (AGU). Além disso, somente seis municípios do Estado realizaram suas conferências sobre Transparência e Controle Social. “São nas cidades do interior onde estão os maiores problemas”,
Participaram da audiência pública representantes da Controladoria Geral da União (CGU/AM), Controladoria Geral do Estado (CGE), Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria Geral de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM), Controladoria Geral do Município (CGM), Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Secretaria de Articulação Política (Searp) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e Rede de Educação Cidadã.








Rede de Educação Cidadã do Amazonas, dialoga sobre Comunicação na perspectiva da educaçaõ popular

A Rede de Educação Cidadã no Amazonas realizou nos dias 04, 05 e 06 de novembro, mais um Encontro Intermunicipal com o tema “A Comunicação Que Queremos: Quebrando O Silencio E Promovendo Com O Povo A Comunicação Popular”. O encontro foi realizado na Estrada AM 10, KM 07, no Centro de Estudos Maristas, com a participação de 35 pessoas, representante dos movimentos que compõem o coletivo da RECID no Amazonas, entre Manaus e a Região do Baixo Amazonas.

O encontro teve como objetivo dar continuidade ao processo formativo dos educadores populares de diversos movimentos e organizações sociais, no âmbito da Comunicação Popular, a fim de possibilitar um maior diálogo, processo de construção coletiva do conhecimento, em detrimento da cultura de comunicação popular, para a transformação social, promovendo o intercâmbio de experiências entre os educadores, discutir acerca dos veículos de comunicação populares existentes no Amazonas.


No primeiro dia o encontro iniciou com uma reflexão a respeito dos desafios da comunicação que temos no Estado, principalmente no interior, segundo seus representantes, as necessidades da população do interior do Amazonas são muitas, como luz, educação, telefonia móvel etc. O rádio é um dos meios mais populares de comunicação e que ainda funcionam historicamente se tornou um instrumento muito importante principalmente para quem vive em áreas mais isoladas do Estado. Mas infelizmente a maioria das rádios comunitárias do Estado estão nas mãos de parlamentares e da igreja, pouco são os comunitários que tem acesso a programas nas rádios.  



A professora e jornalista, Ivânia Vieira, nos ajudou no dialogo sobre o tema do encontro. Começou falando do índio Raioli, que antigamente andava com um gravador, um aparelho bem maior que um notebook, que saía agravando todas as promessas de políticos, para posteriormente cobrar. Falou do desafio que temos hoje na linha da comunicação virtual, a grande mídia que invade a casa da população todos os dias, alienando-os.  Precisamos refletir, que meio de comunicação alternativa queremos ser? Que princípios estamos elegendo nas comunidades? O importante é nessa busca, pensarmos a comunicação que temos e a comunicação que teremos. Devemos pensar de que forma somos emissores, transmissores? Que instrumentos temos? Como estamos trabalhando os conteúdos? Como estamos buscando a essência dessa coisa, para fazer existir essa comunicação alternativa? Como estamos utilizando essas ferramentas, dando um nó para que ela se caracterize como uma mídia a serviço das causas sociais? Como estamos fazendo para a nossa conexão existir?  


O grupo foi dividido em três oficinas para dialogar sobre o assunto e criar um produto a partir do dialogo; Redes Sociais uso do blogs e mídias alternativas; Mídia Impressa e Radio Comunitária. Os participantes da oficina sobre radio comunitária encenou um programa de rádio.  O grupo da mídia impressa construiu coletivamente, um jornal popular informativo, ferramenta alternativa para comunidades sem acesso aos instrumentos tecnológicos. Como produto final da oficina sobre Redes Sociais, foi construído um vídeo sobre o tema do encontro, comunicação sobre o uso das ferramentas das redes sociais.                    

Oficina de Mídia Impressa

Oficina de Redes Sociais

 Oficina de Rádio Comunitária









































 No ultimo dia do encontro, fizemos um dialogo sobre a organicidade da RECID, como a RECID esta organizada no Estado suas atividades, em seguida os grupos dialogaram sobre a construção do Plano de Comunicação para RECID/AM, onde temos desde de oficinas de Teatro do Oprimido a uso das tecnologias para democratizarmos as informações, tornando nossa comunicação mais popular.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ORGANICIDADE: REDE DE EDUCAÇÃO CIDADÃ DO AMAZONAS


Hoje a RECID/AM, esta presente na Capital e mais 11 municípios: Presidente Figueiredo, Careiro da Várzea, Iranduba, Castanho, Parintins, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Maués, Urucará, São Sebastião do Uatuma;
 
Conta com 07 educadores/as contratados/as, 06 na capital e 01 no Baixo Amazonas;
Uma média de 60 educadores/as voluntários;
 
Em Manaus ela atua nos seguintes bairros:
  • Bairros: Terra Nova; Alfredo Nascimento, Zumbi, Cidade de Deus, Armando Mendes, Mauazinho, Mutirão, Tarumã Mirim, Arthur Bernardes, Compensa, Santa Etelvina e Monte das Oliveiras;



PRINCIPAIS BANDEIRAS DE LUTAS:

  • Debater sobre reforma política e a superação da pobreza;
  • Fortalecer as iniciativas do campo da economia popular e solidária;
  • Debater e aprofundar a cerca dos projetos de desenvolvimento na Amazônia,
  • Educação Popular como política publica;
  • Construção do poder popular no Amazonas;
  • Enfretamento à violência contra a mulher;
  • Luta e combate a violação dos direitos etnico-raciais;
  • Luta pela vida e combate ao extermínio da juventude
  • Democratização da Comunicação
  • Reforma urbana e rural;
  • Direitos Humanos ao acesso do serviço de abastecimento de água

AÇÕES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS PARA A VIABILIDADE E ALCANCE DOS OBJETIVOS DAS BANDEIRAS DE LUTAS

  • Oficinas de Formação, Encontros Intermunicipais e Encontros Estaduais, Seminários, Rodas de Conversas, Jornadas sobre Educação Popular como Políticas Publicas;

TEMAS A SEREM ESTUDADOS E PROBLEMATIZADOS:

  • Cidadania e Direitos Humanos, Formação Política e Cidadania, Economia Popular e Solidária, Organização e Controle Social, Gênero, Questões Etno-Raciais, Educação Popular como Política Publica, Democratização da Comunicação, Estudo sobre o PPP, Articulações em Redes, educação Marco lega, Gestão Compartilhada, Reforma Política, Programa de Erradicação da Extrema Pobreza.

ESPAÇOS DE FORMAÇÃO, ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO

  • Grupos populares acompanhados, Movimentos Sociais, Sindicatos, Pastorais, Organizações, Entidades, Fóruns e Conselhos;


SUJEITOS/AS DA AÇÃO

  • Educadores e Educadoras, Mulheres, Jovens, Afrodescedentes, Indígenas, Ribeirinhos/as, Pescadores/as, Desempregados/as, Moradores de rua, Agricultores/as e Coletivo Estadual da RECID/AM

ESPAÇOS POLITICOS DE DEBATE E INTERVENÇAO NA REALIDADE

  • Caminhada pela paz; Grito dos Excluídos e Excluídas; Comitês dos Megas Projetos Esportivos; Mutirão pela Amazônia; Grito da Terra, Marcha das Margaridas, Audiências e Plenárias;
  • Conferencias Municipais e Estadual de Segurança alimentar, Juventude, Saúde, Direito da Mulher, CONAGUAS, Criança e Adolescente, Emprego e Trabalho Decente; Transparência e Participação
  • Seminário sobre o Sistema Nacional de Comercio Justo e Solidário;
  • Marcha Estadual pela moralização da educação – Praça do Congresso.

terça-feira, 16 de agosto de 2011


O NORTE UNIDO SONHA E VIVENCIA UMA NOVA EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO POPULAR, SIM PODEMOS!
Em terras de Chico Mendes, um dos maiores lutadores da floresta e dos seringueiros, na Chácara Pedra Linda, dos dias 04 a 07 de agosto aconteceu o VII Encontro Regional da Recid Norte. Com o tema educação popular: caminhos e saberes dos povos amazônicos. 


O objetivo do encontro foi de conhecer e refletir acerca da conjuntura da educação na região Norte, assim como aprofundar a educação popular na perspectiva de políticas publicas para fortalecer as bandeiras de lutas na Amazônia.
O primeiro dia do encontro foi marcado pela acolhida dos educadores e educadoras, que chegaram em clima de festa, onde os anfitriões conduziram todo esse processo, trazendo na mística a saga dos seringueiros e suas lutas, que mesmo no frio atípico do Estado a turma soube manter aquecida a chama das lutas dos povos Amazônidas.















No dia seguinte, ainda naquele clima friozinho, começamos o dia chamando os espíritos da sabedoria e do conhecimento, através do ritual indígena de purificação, para nos iluminar estes dias de estudos e partilha. Em seguida houve a partilha dos Estados com um olhar sobre a educação formal. Os resultados desta partilha foram os seguintes: Estados da região norte com índices educacionais desfavoráveis em relação às outras regiões do país; Proliferação de faculdades particulares “de fins de semana”; Recursos orçamentários não condizentes com a necessidade da região. A maioria dos estados não aplica adequadamente os recursos destinados à educação.


 Na tarde deste dia tivemos um olhar mais amplo sobre a educação e as lutas de Recid, Educação Popular como Política Pública: caminhos possíveis para a mudança. Tendo como facilitadores, Lucio Centeno educador do CAMP e Pedro Pontual da Secretaria Geral da Presidência da Republica, cada um com seu olhar nos trouxeram algumas inquietações começando pelo nosso desafio que é compreender a análise de conjuntura no sentido amplo, para além da educação; perceber como os atores e atrizes estão se movimentando; onde aconteceu a ruptura do modelo neoliberal para popular; a relação da educação formal com educação popular. Paulo Freire nunca fez a separação da educação popular fora da escola; As práticas educativas não se desenvolvem apenas a partir da escola, mas através de movimentos sociais, partidos políticos, comunidades; Esse quadro educacional é fruto de um modelo de desenvolvimento no Brasil e requer mudanças no econômico, cultural, ambiental, social; As práticas educativas têm que estar relacionadas com as outras praticas a sala de aula sozinha hoje não atrai mais ninguém; Construção de um movimento social capaz de pautar na agenda pública, nas políticas públicas, a grande tarefa dos educadores é continuar a luta nos movimentos sociais pela educação.
















Na noite tivemos presença do companheiro Iremar, que conduziu o debate sobre o Marco Regulatório. Onde falou sobre a influência do marco no trabalho dos movimentos principalmente os que dependem de recursos de convenio dos governos ou de instituições internacionais. 



No dia seis tivemos o momento das “colocações” onde cada Estado em forma de carrossel trouxe um pouco de sua organicidade, de suas bandeiras de lutas e as experiências mais expressivas. 
O Amazonas paresentou suas bandeiras de lutas, tais como: Debater sobre reforma política e a superação da pobreza; Fortalecer as iniciativas do campo da economia popular e solidária; Debater e aprofundar a cerca dos projetos de desenvolvimento na Amazônia; Educação Popular como política publica; Construção do poder popular no Amazonas; Combate à violência contra a mulher, Luta e combate a violação dos direitos etnico-raciais; Luta pela vida e combate ao extermínio da juventude; Democratização da Comunicação; Reforma urbana e rural; Direitos Humanos ao acesso do serviço de abastecimento de água; Falou um pouco da escperiencia no movimento de mulheres, trabalho com adolescentes e jovens, o fortalecimento da luta na educação, o trabalho de empoderamento no interior nos municipios de Nhamunda e Boa Vista do Ramos.














 






















Onde no debate mais amplo, com Vera Lucia (TN), Francy Jr. e Carmelita (CN), como facilitadoras que nos mostraram quais os pontos fortes da Recid Norte e as bandeiras mais expressivas, como: Educação Popular, Economia Solidaria e Direitos Humanos.
A noite cultural foi marcada por uma apresentação da Quadrilha Sassaricando na Roça, tivemos comidas típicas dos Estados, foi uma noite de confraternização, troca de saberes e sabores.
O ultimo dia foi marcado por muitas emoções entre elas a ida até Cobija /Pando/ Bolívia, onde fomos conhecer a ONG Herencia no intercâmbio com jovens militantes da luta em prol da defesa da Amazônia. Seguimos viagem até Xapuri, terra de Chico Mendes, onde podemos beber da magia daquele lugar, tivemos momentos de fortes emoções, conhecendo um pouco mais da vida deste guerreiro defensor da natureza e dos direitos dos povos da floresta, encerrando ali, ao lado de onde morreu Chico, nossos momentos de materialização da mística que nos envolve.
PEGANDO A ESTRADA PARA BOLIVIA

UMA PARADA PARA ÁGUA E FOTOS

CHEGANDO NA FRONTEIRA - BRASILEIA/BR E PANDO/BOLIVICA


ATRAVESSANDO A FRONTEIRA

PARADA ESTRATEGICA NAS RUAS DE COBIJA.

PARTILHANDO EXPEREINCIAS NA ONG HERENCIA



MOMENTO DE FORTES EMOÇÕES AO LADO DA CASA DE CHICO MENDES