domingo, 22 de maio de 2011

Lançamento da cartilha Pelo Direito Humano á Água

AosCompanheiros e Companheiras, O Instituto Equit, Fórum Permanente das Mulheres de Manaus e a RECID- AM( Rede de Educação Cidadã do Amazonas), lança em Manaus a cartilha ” Pelo Direito Humano á Água”, uma reflexão social sobre a  problemática da água direcionada por quatro eixos:  1. Manaus das águas e das/dos sem água: histórico das lutas por acesso à água e saneamento; 2. Água: fonte de vida e bem comum e não mercadoria; 3. As Mulheres: Gestoras cotidianas da água; 4. Políticas públicas de água: Gestão pública e controle social. Desde o ano de 1999 a população Manauara sonha com soluções práticas para a problemáticado abastecimento de água. Primeiro a solução viria com a venda da COSAMA para uma empresa chamada Suez – uma grande transnacional francesa do setor de água e energia. Depois de tantos anos e tantas manobras, a privatização não trouxe as prometidas vantagens no abastecimento de água para a população de Manaus.
Falta água em diversos setores da periferia, há cortes e aumentos constantes nas faturas e, sobre tudo, nenhum avanço na expansão do saneamento básico, especialmente na periferia da cidade.
Por esses motivos, mais uma vez chamamos os movimentos sociais da cidade a estar vigilantes na luta pelo acesso a água e saneamento na cidade, para que esta não se transforme em mai
s uma promessa de governoentrante. A água é um direito humano básico e, nesse sentido, deve ser objeto de políticas públicas de universalização e de gestão social. Nesse sentido estaremos em três comunidades panfletando e refletindo com moradores e moradoras 1.Dia: 21 de maioLocal : Nova Floresta –Atividade: Panfletagem da  Cartilha ” Pelo Direito Humano á Água”,Horário:  14:30   2.Dia: 21 de maioLocal : Cidade do LesteAtividade: Panfletagem da  Cartilha ” Pelo Direito Humano á Água”,Horário: 16:horas  3.Dia: 22 de maioLocal: Monte Pascoal  Atividade: Panfletagem da Cartilha ” Pelo Direito Humano á Água”.Horário: 16:horas A água não é uma simples mercadoria, especialmente na Amazônia, onde ela é parte da própria ocupação territorial e da identidade cultural da população manauara.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A barbárie e a estupidez jornalística

Imaginem vocês se um pequeno operativo do exército cubano entrasse em Miami e atacasse a casa onde vive Posada Carriles, o terrorista responsável pela explosão de várias bombas em hotéis cubanos e pela derrubada de um avião que matou 73 pessoas. Imagine que esse operativo assassinasse o tal terrorista em terras estadunidenses. Que lhes parece que aconteceria?
O mundo inteiro se levantaria em uníssono condenado o ataque. Haveria especialistas em direito internacional alegando que um país não pode adentrar com um grupo de militares em outro país livre, que isso se configura em quebra da soberania, ou ato de guerra.
Possivelmente Cuba seria retaliada e com certeza, invadida por tropas estadunidenses por ter cometido o crime de invasão. Seria um escândalo internacional e os jornalistas de todo mundo anunciariam a notícia como um crime bárbaro e sem justificativa. Mas, como foi os Estados Unidos que entrou no Paquistão, isso parece coisa muito natural. Nenhuma palavra sobre quebra de soberania, sobre invasão ilegal, sobre o absurdo de um assassinato. Pelo que se sabe, até mesmo os mais sanguinários carrascos nazistas foram julgados. Osama não.
Foi assassinato e o Prêmio Nobel da Paz inaugurou mais uma novidade: o crime de vingança agora é legal. Pressuposto perigoso demais nestes tempos em que os EUA são a polícia do mundo. Agora imagine mais uma coisa insólita. O governo elege um inimigo número um, caça esse inimigo por uma década, faz dele a própria imagem do demônio, evitando dizer, é claro, que foi um demônio criado pelo próprio serviço secreto estadunidense. Aí, um belo dia, seus soldados aguerridos encontram esse homem, com toda a sede de vingança que lhes foi incutida. E esses soldados matam o "demônio”. Então, por respeito, eles realizam todos os preceitos da religião do "demônio”. Lavam o corpo, enrolam em um lençol branco e o jogam no mar. Ora, se era Osama o próprio mal encarnado, porque raios os soldados iriam respeitar sua religião? Que história mais sem pé e sem cabeça. E, tendo encontrado o inimigo mais procurado, nenhuma foto do corpo? Nenhum vestígio? Ah, sim, um exame de DNA, feito pelos agentes da CIA. Bueno, acredite quem quiser. O mais vexatório nisso tudo é ouvir os jornalistas de todo mundo repetindo a notícia sem que qualquer prova concreta seja apresentada.
Acreditar na declaração de age
ntes da CIA é coisa muito pueril. Seria ingênuo se não se soubesse da profunda submissão e colonialismo do jornalismo mundial. Olha, eu sei lá, mas o que vi ontem na televisão chegou às raias do absurdo. Sendo verdade ou mentira o que aconteceu, ambas as coisas são absolutamente impensáveis num mundo em que imperam o tal do "estado de direito”. Não há mais limites para o império. Definitivamente são tempos sombrios. E pelo que se vê, voltamos ao tempo do farwest, só que agora, o céu é o limite. Pelo menos para o império. Darth Vader é fichinha!

Fonte:Elaine Tavares
Jornalista Adital