3a. Ciranda e X Encontro Nacional – estudo, mística, organização e utopia.

 

Iniciou-se ontem dia 07 de dezembro, no Centro de Formação do CIMI em Luziania-GO, a 3a. Ciranda da Educação Popular. Ontem mesmo foi realizado ato no Palácio do Planalto de agradecimento do apoio do governo federal e reivindicação da continuidade das atividades de formação da Rede. O dia foi marcado pela beleza da diversidade e da conscientização.

 

Iniciou-se ontem dia 07 de dezembro, no Centro de Formação do CIMI em Luziania-GO, a 3a. Ciranda da Educação Popular. Ontem mesmo foi realizado ato no Palácio do Planalto de agradecimento do apoio do governo federal e reivindicação da continuidade das atividades de formação da Rede. O dia foi marcado pela beleza da diversidade e da conscientização.

A equipe de comunicação da 3a. Ciranda elaborou um fanzini para contar como foi este primeiro dia:

Nosso Diário

1- Chegada acolhedora

2- Descanso merecido com companhias agradáveis

3- Café da manhã ansioso e curioso pelo que virá

4- Ciranda indígena afetuosamente calorosa como preparação para um dia de descobertas dialógicas

5- Lanche regado a um ótimo artesanato

6- Ana Gusmão e Mara coordenam o dia de forma bem cheirosa

7- Lurdes não precisa de microfone, para harmonizar o nosso ambiente indicando as regras de bem viver coletivo

8- Almoço corrido para iniciarmos imediatamente as reuniões, dependência que se revigora a cada dose

9- Todas/os lindas/os, rumo ao planalto central, fomos lá fazer e ver o que será

10- Assistimos um trechinho do vídeo nacional que aguçou mais ainda a curiosidade

11- Selvino Heck, Paulo Matoso e Naiza contaram nossa historia, agradeceram e muito carinhosamente apresentaram as demandas para o futuro do Poder Popular com a RECID

11- Nosso Ministro Gilberto Carvalho, derramou lágrimas emocionado com a mobilização popular e se comprometeu com a consolidação e ampliação das nossas ações. E ainda nos levou a um passeio pelo gabinete do nosso presidente

12- Seguimos para o Balaio e de lá embalados pela beleza do dia voltamos para o nosso lar doce lar, fazer as reuniões finais, com trilha sonora do centro oeste, antes do merecido sono.

Gentileza gera gentileza...

Não confundam a homenagem abaixo com nenhum companheiro presente pessoalmente em nosso encontro:

Em seu twitter Marcio Cruz, companheiro da caminhada da rede, informa ao vivo durante o ato político no Planalto que:

- Encontro da rede de EDUCAÇAO cidadã: "vira o dia em que todos ao levantar a vista veremos nesta terra reinar a liberdade";

- Palavra de ordem antes da fala do Gilberto de Carvalho: "Um povo que ousa sonhar constrói um poder popular";

- Gilberto de Carvalho homenageia Frei Betto pela criação da Rede de Educação Cidadã - Talher Nacional de Educação Popular;

- Gilberto de Carvalho: muitas da coisas que comemoramos no gov. Lula foi por conta da participação, cobrança e dialogo do povo c/ o governo;

- Gilberto de Carbalho diz que a Rede de Educação Cidadã Talher Nacional de educação popular vai continuar no governo Dilma.

De hoje 08 de dezembro até dia 12 o encontro continua, hoje faremos um dia de análise da realidade brasileira, conforme a programação também informada no fanzine da equipe de comunicação da Ciranda.

III Ciranda e X Encontro Nacional

Luziânia, 08 de dezembro de 2010, quarta-feira

12:00 Almoço

14:00 Diálogo com Joaquim Piñero e Felipe Brito

15:00 Debate

15:40 Lanche

16:00 Roda de conversa – Felipe Freitas, Rosângela e Raminho

17:00 Debate

17:30 Reunião das Equipes e Avaliação

19:00 Jantar

20:00 Cinema Cirandeiro

A organização do evento se faz de forma autogestionária (fanzine da comunicação cirandeira também)...

Equipes da Louça

Almoço - Mato Grosso e Sergipe

Jantar – São Paulo e Maranhão

Preste Atenção

Por todos os Orixás, Santos e futuro da RECID, assine a Lista de Presença de hoje na frente do Refeitório.

Regras de Convivências para a Construção do Poder Popular:

1.Olhar para trás ao usar o banheiro

2.Lixo no Lixo, principalmente bitucas

3.Não desperdiçar copos plásticos, ADOTE UM COPO!

4.Respeitar os locais de reunião. Nós adoramos fazer reuniões, cuidado ela pode estar acontecendo a qualquer momento em qualquer local!!!

5.Se incluir em um grupo de trabalho, dedique-se, tenha disciplina.

6.Respeite os dorminhocos, só durma quando sono chegar!

7.Esteja pontualmente ás 8 horas na Mística, mesmo que de óculos escuro.

Amanhã voltamos com mais informações. 

Fonte: Site da Recid - www.recid.org.br

PARTICIPAÇÃO DA RECID NO V FÓRUM SOCIAL PAN-AMAZÔNICO

Aproveitando a beleza da cidade de Santarém, às margens do Rio Tapajós, o  V Pan-Amazônico, foi espaço de fortalecimento, troca de experiências, de saberes. O início do Fórum foi marcado por uma caminhada às margens do Rio Tapajós, onde os participantes retrataram de forma criativa a cultura e luta dos povos da Amazônia.

 Assim diante de tanta beleza e da importância do fórum para a região registramos a oficina da Rede de Educação Cidadã que aconteceu no dia 26 de novembro de 2010 com o tema “Educação Popular e a Construção do Poder Popular na Amazônia”.

A oficina iniciou com uma benção com o cheiro do Pará embalada pela música - Perola Azulada – oriunda do Amapá. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer melhor a articulação da Recid e suas experiências nos Estados, com ênfase para os desafios e as conquistas na construção do poder popular por meio da educação popular crítica freireana. 

Durante a oficina mostramos o trabalho na Recid no Brasil, com o vídeo – Vamos lá fazer o que será! – retratando o trabalho em rede e sua importância para as pessoas que vêm beber desta fonte. E as experiências que vem sendo construído na linha do poder popular na Amazônia, onde os educadores e educadoras de cada Estado do Norte, em forma de carrossel, mostraram o trabalho que vem sendo realizado: empoderamento das mulheres denuncia contra o tráfico de mulheres e adolescente para fins de prostituição, fortalecimento das comunidades indígenas e quilombolas, politização da juventude através da arte, trabalho com mulheres na linha da geração de renda, empoderamento do saber para os pequenos agricultores e agricultoras, a valorização da vida e do meio ambiente, os saberes populares, o trabalho com catadores e catadoras de material reciclado resgatando sua cidadania...

O Amazonas, falou de sua luta junto ao Fórum Permanente de Mulheres de Manaus, o enfrentamento e combate a violencia e exploração contra as mulheres, o apoio a Pastoral Operária com a questão da geração de renda, visando uma economia alternativa, popular e solidaria. Tambem não podendo esquecer o trabalho de construção do poder popular no Baixo Amazonas, onde sua representante colocou algumas conquista, enfatizando a mais recente em Nhamundá e as lutas em Boa Vista do Ramos.

Mostramos que procuramos trabalhar de forma coletiva e solidaria, juntando força e esforços para a construção de uma sociede mais justa e igualitaria.

Dando continuidade, depois da partilha dos Estados, foi feito um breve relato de perspectivas futuras para a rede e as pessoas que participaram da oficina puderam falar um pouco deste processo e da construção do poder popular na Amazônia, muitos ficaram encantados com o trabalho que a Recid vem desenvolvendo nesta linha, essa forma de trabalhar com o povo, ouvindo-os e os empoderando de seus direitos, tivemos pessoas que assumiram o compromisso de esta junto com o coletivo local engrossando este trabalho, alem de troca de saberes com outras instituições e organismos que também querem beber desta fonte que é a educação popular na construção de um novo projeto popular de nação. Encerramos a oficina com uma grande ciranda chamando todos e todas para roda e para experimentar os sabores Amazônicos.

         

Dando prosseguimento às atividades do dia os educadores e educadoras se encontraram no auditório do hotel, até as 23h, para pensar uma perspectiva futura do trabalho que a Recid vem desenvolvendo nos Estados, foi um encontro muito proveitoso que apesar do adiantar das horas os educadores e educadoras da região Norte puderam levantar propostas de continuação do trabalho e dinamização do processo desencadeado pela Recid no Brasil, propostas que irão ser apresentadas durante o X Encontro Nacional.

No decorrer de todo o evento a Recid deixou sua marca e disse a que veio, foram grandes participações durante as tendas, mas principalmente nos eixos II e IV, sobre poder popular e educação popular, os educadores estiveram em massa não só como ouvintes mais também levantando reflexões e fazendo propostas alem de buscar aliados e parceiros para fortalecer o trabalho na linha da educação popular.

Podemos até dizer que a “Rede de Educação Cidadã deu o tom no V Fórum Social Pan Amazônico.”

Ficamos muito gratos e felizes com os educadores e educadoras da Região Norte pela dedicação, preparação da experiência e a riqueza que foi essa troca de saberes durante a oficina e todo o processo do V Fórum Social Pan Amazônico, assim como aos companheiros do Pará pela acolhida e alegria de nos receber em “sua casa” e nos mostrar as belezas de seu Estado.

Encontro Intermunicipal em Manaus reuniu educadores/as do Amazonas, Acre e Roraima

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partilha de saberes.

Educadores da Rede de Educação Cidadã do Amazonas, Roraima e Acre participam de encontro em Manaus – em foco a Educação Popular dialogando com o fazer pedagógico.    
Na busca de vivenciar a política de formação, qualificar o fazer pedagógico, educadores populares do Amazonas, Roraima e Acre, reúnem-se em Manaus, no período de 09 a 11 de outubro no Instituto de Permacultura da Amazônia, bairro Zumbi II – zona Leste de Manaus para aprofundarem a temática: história, concepção e método de Educação Popular, sob a assessoria de Conceição Paludo – Universidade Federal de Pelotas.
O encontro contou com a presença de 45 educadores dos coletivos estaduais que durante 3 dias buscaram vivenciar a educação popular a partir da história e do cotidiano de cada educador(a). Os momentos em grupos foram ricos e contribuíram para enriquecer as reflexões, fazer troca de experiências e perceber onde de fato precisamos avançar. Um momento significativo para olharmos para história de cada educador(a).
Destacamos que momentos como estes, onde os estados estão juntos, são importantes para que a Rede de Educação Cidadã se fortaleça na região, percebendo os fios que nos unem na rede, quais são os maiores desafios para se fazer educação popular na Amazônia. Buscamos afirmar o que nos une e clarear as dúvidas a respeito da história e da concepção da educação popular. Perguntas como: com quem fazemos educação popular no Amazonas, Acre e Roraima e para quê, foram importantes para esse momento, onde pararmos para olhar para os processo que se construiu até aqui. Neste sentido, não ficaram de fora reflexões sobre o que estamos pensando quando falamos de educação popular como política pública, como a Recid pensa sua continuidade sem apoio do governo. Os projetos em disputa nas eleições 2010, também mereceu destaque no encontro, afinal, não podemos ignorar a conjuntura política onde estamos mergulhados?
Conceição, para abordar a história e concepção de educação popular, trabalhou a linha do tempo, a partir de 1930, olhando para os processos que o país viveu, seus avanços e recuos. Os projetos que sempre foram disputados e em nome de quê e para quê. Em que momento se dá a concepção de educação que defendemos, para educação popular, qual sua função política e pedagógica.
Ficou claro que um dos desafios a serem enfrentados no cotidiano dos educadores(as) populares, perpassa pela concepção, pela metodologia, onde a intencionalidade política de cada ação desenvolvida pela Recid precisa ser pautada, reforçada cotidianamente se queremos romper com o modelo de sociedade que o capitalismo defende. Para isso, faz-se urgente e necessário, avançar nas análises, nas reflexões, se de fato queremos construir um outro país, fazer com que as pessoas enfrentem o cotidiano e assim serem sujeitos da história para que o poder popular aconteça.
Conceição nos convidou a seguirmos engajados neste fazer pedagógico, mostrou-nos que podemos ser luz onde quer que estejamos, que é possível fazermos a diferença nos espaços onde atuamos, na Universidade, nos movimentos sociais, nas comunidades, nos grupos onde a Recid está, enfim, no meio do povo.
Voltamos às bases certos de que há muito a fazer e que a RECID têm muito a contribuir nas aldeias, nas periferias, nos bairros, nas comunidades, nos lugares mais distantes deste país e cada educador(a) deve assumir esse  compromisso.
O encontro foi encerrado com uma mística coordenado pelos educadores de Roraima, que trouxeram a simbologia da defumação “Maruai”, um ritual indígena onde cada participante pôde benzer seu companheiro e assim purificar a pessoa para espantar os maus espíritos e seguir insistindo na luta, perseguindo a utopia.  “Os sonhos são faróis, feito sóis que acedem a alma e brilham em cada um de nós...”                                                          
Outubro, 2010
Por Hudson Dionsio – RECID RR e  Vera Lúcia L. Barreto –Talher Nacional – fotos de Rosiete Barros –RECID AM.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA: VOTOS REGIÃO NORTE.

Acre: José Serra - PSDB 52,17% Dilma - PT 23,82% Marina Silva - PV 23,51% Amapá Dilma - PT 47,38% Marina Silva - PV 29,71% José Serra - PSDB 21,36% Amazonas Dilma - PT 64,98% Marina Silva - PV 25,72% José Serra - PSDB 8,47% Pará Dilma - PT 47,93% José Serra - PSDB 37,69% Marina Silva - PV 13,39% Rondônia José Serra - PSDB 45,40% Dilma - PT 40,73% Marina Silva - PV 12,71% Roraima José Serra - PSDB 51,03% Dilma - PT 28,72% Marina Silva - PV 18,77% Tocantins Dilma - PT 50,98% José Serra - PSDB 27,99% Marina Silva - PV 20,56%

PARLAMENTARES ELEITOS/AS NO AMAZONAS

DEPUTADOS (AS) FEDERAIS:

Francisco Praciano - PT 
Rebecca Garcia - PP
Átila Lins - PMDB
Silas Câmara - PSC
Carlos Souza - PP
Pauderney Avelino - DEM
Sabino Castelo Branco - PTB
Henrique Oliveira - PR

DEPUTADOS (AS) ESTADUAIS:

Belarmino Lins (PMDB)
Marcos Rotta (PMDB)
José Ricardo (PT)

Conceição Sampaio (PMDB)
Josué Neto (PMN)
Adjunto Afonso (PP)
Chico Preto (PP)
David Almeida (PMN)
Fausto Souza (PRTB)
Francisco Souza (PSC)
Dr. Vicente (PMDB)
Wanderley Dallas (PMDB)
Regis (PMDB)
Ricardo Nicolau (PRP)
Sidney Leite (DEM)
Vera Castelo Branco (PTB)
Professor Sinésio (PT)
Tony Medeiros (PSL)
Arthur Bisneto (PSDB)
Luiz Castro (PPS)
Marcelo Ramos (PSB)
Cabo Maciel (PR)
Abdala Fraxe (PTN)
Orlando Cidade (PTN)

* Alguns candidatos/as estão sujeitos à mudanças devido pendências jurídicas.

Carta do VI Encontro Macrorregional Norte - Vozes da Amazônia

Nós educadoras e educadores populares, da Rede de Educação Cidadã, reunidos de 19 à 22 de agosto de 2010 no VI Encontro Macro Regional Norte, na cidade de Miracema-TO, banhada pelas águas do rio Tocantins, com o tema: A Amazônia: (re)encantando e partilhando a vida, seus cheiros, sabores no banzeiro das águas e nos saberes que constroem-alimentam o Projeto Popular de Nação, ratificamos a nossa presença de luta como homens e mulheres extrativistas, pescadores(as), curandeiros(as), parteiras, ribeirinhos(as), caboclos(as), indígenas, das cidades e das vilas urbanas, moradores(as) das periferias, das pontes, dos alagados, das áreas insalubres, amapaenses, acreanos(as), amazonenses, roraimenses, rondonienses, paraenses, tocantinenses. Identificamo-nos ainda, com os povos das terras do Maranhão, das terras guianenses, venezuelanas, colombianas, bolivianas, equatorianas e peruanas, numa concepção pluriétnica e pluricultural desta grande Maloca Amazônica.

Somos um povo da água e da floresta, e estamos nas margens dos rios, nas comunidades rurais, nos igarapés, e nos campos, irmãos e irmãs das iaras, botos, capivaras, do cupuaçu, da pupunha, açaí, farinha, do pequi, e tantos outros que se encontram na iminência de desaparecer, alguns dos quais ainda nem conhecemos. Produzimos nossos alimentos, cuidando do meio ambiente, possibilitando a mútua produção e reprodução da vida, contrapondo-nos à ação de projetos e políticas que não dialogam e não consideram o modo amazônida de viver. Relacionamos-nos com a energia espiritual presente em nossas celebrações rituais e fazeres cotidianos, com nossos irmãos e irmãs que tombaram na construção da utopia coletiva, com suas sabedorias e lições, comprometidas com a causa popular.

Um dos nossos desafios é a superação de preconceitos e práticas de exclusão, fortemente capitalista, xenófoba, latinófoba, homófoba. Dialogamos por um planeta que abrigue amorosamente todas as vidas e pela paz entre todas as nações. Queremos viver de forma sustentável, construindo o outro mundo possível. Acreditamos que a educação do povo pode ajudar na construção da felicidade coletiva, com participação popular direta nos diversos espaços sociais de interesse coletivo, barrando projetos que destroem a vida e contribuindo na construção de alternativas.

Nossas ações se materializam na construção de uma educação popular dialógica e amorosamente cuidante, no fortalecimento do projeto popular para o Brasil, includente, solidário, com gestão compartilhada, resgatando as culturas dos povos que compõem as nossas nações regionais, desmistificando o conhecimento como propriedade ou privilégio de um grupo social que se pretende detentor de verdades universais.

Afirmamos aqui nossa identidade, desafios, utopias e ecos de um projeto possível a Amazônia, para o Brasil e para os povos do mundo.

Pelo fortalecimento das redes, fóruns e povos amazônicos!

Na luta, pela vida, VENCEREMOS!

Miracema – TO, 22 de agosto de 2010.

Encontro do coletivo da Recid/AM.

Em Manaus no dia 11 de setembro a Rede de Educação Cidadã do Amazonas, reuniu seu coletivo para mais um encontro de estudo e planejamento das atividades do mês.

O encontro começou com uma mística sobre nossos gritos e o que nos anima a estar na caminhada,  concluimos com a música de  Raul Seixas "Tente outra vez" .

Durante o encontro fizemos uma reflexão sobre o trabalho e o futuro da Rede de Educação Cidadã no Brasil.

Segundo a analise refletimos que a Recid contribuiu muito com o empoderamneto do povo, através de seus encontros de formação, despertou a consciencia critica dos cidadãos no Estado e no país. Contribuimos com a construção do Poder Popular, estamos nas periferias junto dos pobres e excluídos e excluídas dando à eles a oportunidade de crescimento pessoal e coletivo, mostrando que "um outro mundo é possível". Sabemos que ainda há muito ser feito,e por isso concordamos que o trabalho deve continuar.

Analisamos também a participação do Amazonas no Encontro Macro Regional Norte, na cidade de Miracema  em Tocantins, o quanto foi positivo e proveitoso esta participação nas dicussões, durante as oficinas e na plenaria. Também na pauta falou-se do Projeto das Parteiras - um projeto que vem em parceria com Cáritas Brasileira e Cais do Parto -  este projeto tem entre os objetivos, detectar e valorizar o trabalho das parteiras na Região bem como deminuir o numero de crianças sem registro de nascimento.

Fizemos nosso planejamento com base nas metas estabelecidas e nas atividades macros no Estado com nossos parceiros, como a Campanha do Voto Ético e do Plebiscito Popular sobre o limite da Terra, o Mutirão pela Amazonia que acontece no fim do mês, nos dias 24 e 25, onde a Recid terá um stand para mostrar o trabalho que realiza. Bem como organizamos nosso encontro de outubro onde iremos estudar a Metodologia e perspectiva da Educação Popular critica freireana, com assessoria de Conceição Paludo.

"Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai! Tente outra vez!"

16º Grito dos Excluídos e Excluídas em Manaus

Nesses 16 anos de Grito, estamos sempre nos posicionando na contramão da história oficial e não nos intimidamos para denunciar as angústias da população, como o vergonhoso serviço público de saúde, à realidade desumana das comunidades rurais nos municípios, o transporte de péssima qualidade, as ruas esburacadas, dentre outros infinitos problemas de uma cidade.


Gritamos também as nossas conquistas, que veio através do poder popular, pressão do povo, como a Lei da Ficha Limpa uma grande vitória da população brasileira, assim como o Tombamento do Encontro das Águas como matrimônio natural, que barra a construção do Porto das Lajes, uma conquista local.

Buscamos a participação de todos e todas no Plebiscito Popular sobre o Limite da propriedade de Terra, “precisamos por limites em quem não tem”.

Vimos o povo chegando ao local da concentração, trazendo suas bandeiras, fazendo suas denúncias, concretas, ligadas a problemas vividos por eles, principalmente nas periferias. Onde a Recid também esta para ajudar na transformação, não por meio material, mas  sim imaterial, despertando para o empoderamento do conhecimento e partindo assim para libertação cultural e social.

Concordo com Dom Demetrio – “O Grito se tornou uma plataforma política de inestimável valor para o exercício da cidadania”.
Precisamos manter essa chama acesa.

É preciso gritar, alertar!
Devemos despertar do pesadelo e esperar o amanhecer.
(trecho do poema – O Novo – Ribamar Oliveira)

Escrito por: Rosiete Barros